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Eu também tenho um sonho



Entre tantos bilhões de sonhadores, eu também tenho sonhos. Hoje a lembrança de dois deles particularmente me incomoda inspirando a presente reflexão.
Eu sonho com o dia que meu tão almejado reconhecimento chegar. Hipócrita aquele que diz não se importar com o que os outros pensam, com intensidades diferentes todos queremos que o mundo nos aplauda. Alguns simplesmente querem sentir o mero prazer da homenagem, a admiração vazia e quase idólatra de ser visto com bons olhos de forma preferencialmente exagerada e demagógica.
Outros, como eu, buscam que as pessoas valorizem sem anonimato seus atos bons, sabendo que dessa forma sua motivação ameaçada pelas formas de desprezo, autoritarismo, vanglória, faccionismo e omissão não deixem a alma desmaiar por falta da sombra refrescante do incentivo.
Esse sonho surge na hora da angústia, quando tudo e todos parecem ignorar e desmerecer tantas atitudes. É sabido que temos um limite, onde apesar deles conseguimos ir adiante para vencer barreiras. Mas quando você supera o limite de suas forças mentais, sociais e emocionais (lembrando que segundo a OMS a definição de saúde é o bem estar físico, mental e social), muitas vezes não há ninguém lá para ver.  Ninguém se importa com sua corrida. Você sabe que venceu algo, mas de nada valeu. Sozinho não vale a pena, somos seres sociais.
Ora, o mártir não vence, mas é reconhecido; o vencedor obviamente vence sempre, mas muitas vezes ninguém sabe que ele existe. Lembro-me daqueles cuja vitória se dá não por uma vitória propriamente dita, e sim por uma superação de limites pessoais. Daí surge a pergunta, vencer prá que ou para quem? Vencer para si próprio deveria ser o mais importante, mas sabemos que não é, o mundo tem que nos ver. Olhem! Olhem por favor onde chegamos!
Eu grito em nome daqueles que saltam barreiras enormes e ninguém sabe, pois não possuem mais fôlego para dizer: eu superei meus limites, eu não acreditava que conseguiria mas aqui estou eu, sozinho mas vencedor, mesmo que minha vitória não seja a mais popular.
Ainda assim minha angústia parece obcessivamente egoísta senão para sonhadores do mesmo sonho que eu sonho.
Não quero flores, eu quero é que não puxem o tapete. Não quero uma coroa de louros, eu quero que me dêem água ao chegar, afinal, superar limites não é encerrar uma maratona. Eu não peço palmas, as vaias são o que realmente mata o sonho. A cobrança vazia desorganiza de desvaloriza o sistema, e mata o sonho. A sociedade mata o sonho. A família mata o sonho. A igreja mata o sonho. O consumismo mata o sonho. Mesmo assim, Deus é quem nos dá sonhos.

Mesmo no meio de tantas frustrações, há outro sonho. O sonho de ensinar. O sonho de ensinar por amor. O sonho de ensinar por amor àqueles que precisam da educação para sobreviver. O sonho de ensinar por amor àqueles que precisam da educação para sobreviver e não para ser um sucesso. O sonho de ensinar por amor àqueles que precisam da educação para sobreviver e não para ser um sucesso ou para ser rico, ou por luxo.
Eu sonho ensinar pessoas que estão vazias de vida, de luxo, de esperança, de dinheiro, de amor, mas que estão transbordantes de lágrimas, de desejo, de paixão.
Eu sonho ensinar pessoas que, assim como eu, têm um sonho.
Buscarei, enfim, a coroa da Vida, pois somente quem dá o sonho é quem o valorizará. Felizes aqueles que compreendem isso. Que Ele se agrade do meu suor e torne cada lágrima em riso.
 by RAQUEL RODRIGUES LOUREIRO
#raquelrloureiro

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